Su & Je

As aventuras de uma família de imigrantes vivendo no Canadá

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Mudança – II

Posted by Jeison em 25 de julho de 2011

(*) Este texto segue o padrão do Alexei de auto tradução. (Palavras em azul são tão comuns que aqui acabamos as incorporando na nossa fala, mesmo em português!)

Bom,

Como os mais próximos já sabem, nossas expectativas se confirmaram e vamos realmente nos mudar agora, mais precisamente entre esta sexta e sábado. (Não, não vamos passar a noite fazendo mudança, mas para não fazermos tudo corrido vamos provavelmente mudar algumas coisas na sexta final da tarde e o resto no sábado pela manhã).

Origem / Novo destino

Estamos saindo de uma região chamada «Point de Sainte-Foy» e vamos nos mudar para outra que se chama «Beauport». Ambas fazem parte da cidade de Québec, mas ficam em extremidades opostas (ver mapa).

Porque lá e não aqui: Bom, achar apartamento “bom” aqui é um garimpo, tem que ficar correndo atras de anúncios, fazendo visitas, e tem que dar resposta quase que imediata, pois as coisas acontecem rápido, enquanto você vai pensar, vem outro e fecha o negocio. Bom, inicialmente iríamos ficar na região de Sainte-Foy mesmo, mas todos os apartamentos que fomos ver que tinham preços que podíamos colocar em nosso orçamento eram muito velhos ou mal cuidados. Os que achávamos bons, o aluguel já era para mais de mil, mil e duzentos dólares por mês, caro de mais para nossa atual condição. Soubemos então de um casal de brasileiros que tinham acabado de comprar um imóvel e iriam liberar um apartamento (que já conhecíamos de um encontro que teve na casa deles) e decidimos ir lá conferir. O apartamento é novo (2009) e todo (entenda-se: piso e teto) em concreto/beton e é bem perto do meu trabalho. No mesmo dia, fomos ver um em Ste-Foy(*) mesmo, bem espaçoso, mas a Susana preferiu ficar com este de Beauport, afinal, ela não pretende sair mais tanto de casa nos próximos 12 meses por causa do novo bebê, e ficará mais fácil para chegarmos na creche/garderie da Rebecca e no meu trabalho.

Obs.: Ste é abreviação de Sainte que é o feminino de Saint (sem o «e» no final) que tem como abreviação «St» que é São, Santo. Então morávamos no bairro que São Foy, seja lá o que Foy signifique !!!  kkk

Estamos bem ansiosos com a mudança. O apartamento é um 4 1/2 grande, que quer dizer quatro cômodos mais um meio que é o banheiro. Sala, cozinha, dois quartos e banheiro, tudo bem novinho, muitos armários e ainda temos direito a um cabanon/barracão para guardar algumas bagunças. Esse barracão é bem comum por aqui, ele substitui o espaço de remise/locker/cave/quartinho que nos prédios costumam ficar na garagem no sub-solo (Algo parecido com essa imagem do link.). O apartamento não chega a ser um demi sous-sol/meio sub-solo, onde tem janelas bem estreitas e em pouca quantidade, ele na verdade está abaixo do nivel do chão, mas muito pouco 1/3, então as janelas são de tamanho normal, temos muitas janelas, e inclusive uma janela no banheiro, o que é uma raridade por aqui !!  Postarei fotos semana que vem !!

Mudança por aqui é uma aventura a parte, uma boa parta das pessoas fazem a mudança elas mesmas, nada de contratar empresas, etc etc… Tem quem contrate, não são poucos, mas acho que a auto-mudança é mais comum !
Nós faremos parte da parcela que mudará por conta e risco próprios.
Nessa turma, tem os que colocam tudo no porta-malas do carro (se tiver um carrão, no sentido de tamanho mesmo), tem os que colocam tudo no reboque, tem os que alugam um trailler que parece um caminhãozinho fechado de tão grandes, e tem os que como eu, alugam realmente um caminhão para o grande dia !
No site da empresa que alugamos o caminhão diz que não precisamos ter nenhuma carteira de habilitação especial para conduzir caminhões, pois os caminhões de aluguel não são considerados veiculos comerciais !!! Vai entender essas leis daqui !!! Enfim, é bem legal mudar, alugamos nosso belo caminhão (detalhe: à gasolina, 6 cilindros com cambio automático, bebe mais que nosso famoso ex-presidente !!!), alugamos também um carrinho para carregar os eletrodomésticos, e depois temos que intimar os amigos que serão nossos ajudantes de mudança simplesmente jogando na cara deles que nós já ajudamos na mudança deles e oferecendo nada mais que um pouco de cerveja quente após todo árduo esforço, afinal, a geladeira foi desligada na noite anterior !!! huahuahau

Brincadeiras a parte, é um momento bem legal, onde encontramos os amigos, fazemos brincadeiras, quebramos alguns móveis para termos desculpa para comprarmos outros novos e passamos um belo sábado cansativo, mas ao mesmo tempo bem agradável.

Coisas importantes para se lembrar quando for mudar:

  • Reserva do caminhão foi confirmada ?
  • Alterou seu endereço em todos os serviços públicos, cartões, bancos, etc ??
  • Alterou sua apólice do seguro habitação ?
  • Pegou as chaves do novo apartamento ?
  • Contratou o serviço dos correios de troca de endereço ou avisou o novo inquilino para guardar suas correspondências ?
  • Tem caixas e fitas suficiente para embalar tudo que precisa ?
  • Lembrou de marcar o que tem e para qual cômodo vai cada caixa ?
  • Não comprar nada de geladeira nos 15 dias que antecedem a mudança (exceto o essencial);
  • Desligar a geladeira na noite anterior, se possível !

Faremos goiabinhas (beliscões) para nossos amigos Mariane e Richard para compensarmos um pequeno incidente do final de semana (joguei um freesbie à 20 metros de altura e caiu direto na cabeça dela!!!) que serão servidas no sábado para todos os presentes na mudança, então caso a mudança em si não os tenham animado a comparecer, usaremos as goiabinhas como forma de pressionarmos os amigos indecisos, mas terão que fazer força para ter direito à comer !!! Ok, exceto as meninas !!

Bom, abraços e desde já agradeço os que vão nos ajudar !!! Semana que vem falo mais de nossa aventura !!

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D.I.Y.

Posted by Jeison em 24 de junho de 2011

D.I.Y. ou Do It Yourself

É a ideologia do faça isso você mesmo, que aqui na América do Norte funciona muito bem. Antes de sair do Brasil eu já era adepto a fazer as coisas eu mesmo, talvez por achar que as empresas fazem meio que um trabalho porco ou por mera curiosidade de saber como fazer, é um pouco como um desafio. Eu sempre tratei esse assunto como um hobby, e eu costumava fazer de tudo, desde uma simples pintura de paredes, passando por encanamento, fiz uma cobertura para a area de serviço, instalação elétrica, e alguma coisa mais simples no carro, como troca de discos e pastilhas. Eu só não sabia que isso iria me ajudar tanto assim aqui no Canadá.

Aqui as coisas são mais faceis ainda, pois a imensas lojas especializadas com milhares de coisas para te ajudar em determinado “projeto”, e o custo de se comprar, alugar ou emprestar uma ferramenta é infinitamente menor que no Brasil. E quando digo emprestar, não estou me referindo a pedir uma chave de fenda para um vizinho, tem lojas que te emprestam mesmo ferramentas especializadas para algo especifico que você tenha que fazer, achei isso muito legal.

Diferentemente do Brasil, aqui no Canadá o salário mínimo dá pra você pagar o aluguel, fazer mercado e ainda sobra um troco, e quem paga esse salário alto ? Nós mesmos ! Por causa disso, para a empresa um funcionario custa muito, então, tudo que involve mão de obra vai ter um alto custo também, por isso que todos os serviços são caros aqui.

A um tempo atrás eu precisei levar meu carro na oficina pois estava com um problema elétrico, nesse caso resolvi manda-lo para a oficina, pois achei que seria complicado demais de descobrir, ja que o problema acontecia na central de comandos dentro do painel do carro. Resultado, o defeito eram duas peças que estavam queimadas, que deram 130 $ as duas. O mecânico gastou 40 minutos para identificar e trocar as peças defeituosas, e eu paguei apenas 105 $ de hora técnica. Mais a troca de oleo do motor 48 $, e mais quase 14% de imposto essa brincadeirinha ficou pra lá dos 300 $.

Um outro caso aconteceu a poucas semanas, depois do inverno, percebi que o freio do meu carro estava realmente desgastado, e que precisaria ser trocado, durante a ultima troca de oleo eu perguntei: Por acaso, quanto custaria para fazer a troca de freio deste carro, troca completa, discos, pastilhas, lona e panela ?
Resposta: vai depender de quais peças precisará realmente trocar, mas pode calcular como uns 450 $ de mão de obra mais as peças, vai querer fazer agora ?

Não obrigado. 450 paus de mão de obra, no minimo esse pessoal deve estar louco, não consigo imaginar esse custo para uma manutenção nos freios. Bom, vamos deixar claro que cada um tem um grau de DIY, alguns limitam-se a pintar as paredes, outros desmontam o motor do carro, eu diria que eu sou intermediário, não desmontaria o motor do carro, mas sou bem intrometido, e por isso, decidi que eu mesmo iria trocar os freios do carro. Eu já tinha feito isso no Brasil diversas vezes, desde um fiat 147 até um celta 2007, e pensei, bom, um civic velhão não pode ser muito diferente… Fui até uma Canadian Tire, que é uma loja que vende de tudo, desde material de construção, artigos esportivos, peças de carro e itens para a casa. Comprei as peças para fazer o freio dianteiro 130 $ já com os impostos.
Fui na casa do Juliano e da Denise e o escalei como meu ajudante. Levanta carro no macaco, põe no cavalete, tira roda e olha para a pinça do freio, Ok, nos outros carros sempre tinha um parafuso atrás que solta tudo de uma unica vez. Sim, esse parafuso existe e estava lá, todo enferrujado, mas estava lá, jogo WD40 nele, e com um pequeno esforço ele sai, o disco deu um pouco mais de trabalho, pois a cabeça do outro parafuso estava danificada, mas ele saiu. Uma hora e meia mais tarde, estava tudo no lugar, roda montada e tudo lindo e maravilhoso, e eu me sentindo 450 $ mais rico… E essa semana descobri que economizei mesmo, já que amigos meus disseram ter pago entre 500 $ e 700 $ para ter o freio trocado.

Ok, freio é um ítem de segurança, etc etc etc, mas vamos esclarecer, no Brasil eu sempre acompanhei o trabalho sendo feito, eu era o cliente chato que fica em cima do mecânico olhando de perto enquanto ele trabalha, mas era para aprender mesmo e não ficar criticando. E eu já tinha trocado o freio em outros carros no BR, então eu me senti muito confortável para realizar a troca eu mesmo.

Depois da troca bem sucedida, eu tinha outro problema no carro: as buchas da bandeja inferior da suspensão estavam gastas, e tinham que ser trocadas, eu nem cheguei a cogitar fazer isso em uma oficina, se a troca do freio ficaria 450 $ de mão de obra, isso, que eu sabia que era mais complicado custaria um absurdo. Coloquei na minha cabeça duas opções: trocar de carro imediatamente ou trocar a peça eu mesmo. As buchas são como donuts, mas são um anel exterior em aço recheado de uma borracha especial por dentro, e tem um pequeno problema, ela não é presa por nenhum parafuso, na bandeja da suspensão existe um buraco,alguns micromilímetros menor que o diâmetro da bucha, e a mesma é colocada lá sob pressão de uma poderosa prensa hidráulica.
Consultei alguns amigos mecânicos no Brasil e todos me disseram que era complicado por causa da prensa, como eu faria para retirar uma e colocar a outra sem ter uma prensa ? Isso foi tudo que eu precisava para tentar, um monte de gente falando que eu não conseguiria. Não, imagina, eu, não sou competitivo, foi impressão sua.
Bom dia seguinte eu tinha comprado a peça por míseros 17 $, original, na própria Honda.  Fui na Canadian Tire ver se por acaso eles tinham uma ferramenta para esse trabalho, o cara tinha uma que não era especificamente para essa bucha, mas servia para executar um outro trabalho muito parecido, era uma espécie de prensa manual com diversos adaptadores para vários diametros. Ok, decidi pegar essa ferramenta (usada) emprestada, que funciona assim: você paga 100% da ferramenta, no caso 265 $, e tem até tres dias para usar e devolver, se o fizer a tempo, eles te dão os 265 $ de volta, se devolver no quarto dia, eles ficam com 10% para eles, e assim por diante.
Convoquei os Brazucas mais próximos de casa para um eventual apoio moral e mão a obra. Eu iria tentar trocar eu mesmo, e no pior caso se eu não conseguisse, eu iria tirar a bandeja e levar só a mesma e a peça na oficina, com a peça fora, que é o maior trabalho, eu pagaria apenas 40 $ pro cara usar a prensa, mas graças aos amigos Richard e Antonio conseguimos trocar a bucha sem nem mesmo precisar tirar a bandeja, mas não foi fácil, levamos mais de três horas e fizemos uma força sobre-humana. Deu trabalho, mas economizamos uma grana boa.

O post ficou bastante grande e a Su já está preparando o café da manhã, ou seja, desligue o computador agora…

Eu acabei não tirando nenhuma foto dos trabalhos, mas nos próximos eu vou tentar tirar fotos e fazer posts detalhados de como fazer as coisas, pra ajudar os loucos como eu…  uahauha

Dica do dia: se você já ama fazer as coisas você mesmo, aventure-se, tente coisas diferentes e economize uma boa grana em serviços.

Abçs

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Rebecca na escolinha

Posted by Jeison em 12 de novembro de 2010

Bom, completou-se duas semanas que nossa filha está indo numa «garderie» (a escolinha ou creche daqui), e alguns que estão próximos sabem outros não, mas foi uma quinzena bem difícil para nos três.

Já fazia um bom tempo que procurávamos uma garderie para a Rebecca, por N motivos, entre eles para ela realmente começar a aprender o francês e se socializar, para liberar a Susana para poder estudar, trabalhar e fazer outras coisas… Mas aqui, conseguir vaga em garderie é algo impossível, ok, há vagas em meio familiar, mas isso é uma loteria e não quero colocar nossa filha nisso nem a pau…

Meio familiar, é uma familia que para poder ter uma renda extra, já que a esposa não trabalha, pega um dos cômodos da casa e transforma em um local para eles cuidarem das crianças, parece que por lei cada adulto pode cuidar de no máximo 6 crianças. Algumas dessas até prosperam um pouco e contratam funcionários para poder ter mais crianças. Mas já escutei falar muito mal de algumas (muitas) e bem de outras (poucas), então preferi não arriscar com a Rebecca, ficamos mesmo procurando as garderies subsidiadas pelo governo, onde você para somente $7.00 por dia, isso mesmo $140.00 dolares por mês, de graça mesmo não tem !!! Ou garderie privadas, onde o custo varia normalmente a partir de $25.00 por dia. Mas mesmo nas privadas, perto de casa não achamos nada, nada mesmo, todas lotadas, quando fiquei sabendo de uma nova garderie que abriria numa cidade vizinha aqui* (nota no rodapé), e fomos la conhecer, a garderie estava em obras, era uma casa de três andares usada como escola de dança e academia, que estava toda em reforma ainda, a Susana não botou muita fé que estaria pronta até dia 01/11, essa visita fizemos em 30/09, faltavam apenas 30 dias e não tinha nem piso direito, mas eu acreditei na lábia de um dos donos, jovem, com alargadores na orelha, mas que falava muito bem, um vendedor nato ! Prometeu mil coisas, desde aula de circo, karate, passando por muro de escalada e introdução musical, bom, estamos falando de crianças de 2 a 5 anos de idade, achei tudo muito ótimo, não tínhamos nem um quinto disto no Brasil, vamos pagar pra ver… E pagar caro, essa nos sai a $37.00 por dia !!! Nem façam as contas para nao tomar susto !! Mas a Rebecca e a Susana não podiam mais ficar em casa. Em teoria, vamos receber uma parte desse valor, parece que até um teto de $25.00, então teoricamente, pagamos $12.00 por dia para nossa filha ir pra escola. Digo em teoria, pois ainda não sei como isso tudo funciona direito, ainda não vimos a cor de nenhum reembolso, estamos pagando 100% ainda. Parece que existem duas formas de reembolso, como a Susana foi finalmente chamada para fazer a francisação (outra novela pra contar depois) ela tem direito a esse reembolso, pois como ninguém pode ficar em casa com a Rebecca, além da bolsa de estudos eles vão acrescentar esse valor no cheque dela, mas ainda falta eu conseguir no trabalho um atestado que eu realmente trabalho, eu entreguei um modelo para o meu coordenador, que passou para o diretor, que passou pro RH, que nem sei mas onde esta. Parece que por ser um órgão publico não é qualquer um que pode assinar um documento como este. Feito isso, temos que devolver tudo isso no Cégep (escola da Susana – Collège d’enseignement général et professionnel (http://www.cegep-ste-foy.qc.ca)) que eles mesmo se encarregam de fazer este reembolso chegar.

Parece que existe um outro reembolso, que na verdade é uma espécie de restituição adiantada do imposto de renda, onde também vem uma parte desse dinheiro, mas pelo que entendi, é um ou outro, preciso conversar com amigos que estão a mais tempo aqui e que passaram por alguma situacao parecida.

Bom, esquecendo as contas, vamos falar da escolinha mesmo, dia 31/10 fomos la com a Rebecca, pois eles marcaram uma acolhida e apresentação dos professores de cada turma, ficamos bem impressionados com o prédio pronto, a escola ficou linda, tudo funcionando e melhor do que eu imaginei quando o Dan (um dos donos) apresentou a “idéia” da escola para nos. Estava cheio de gente, a Rebecca brincou, mas ainda bem tímida com as outras crianças, até ficou um hora inteira só com a professora enquanto os pais acompanhavam umas explicações do dono da escola. Pensei que ia ser moleza então. Nos dois primeiros dias, até foi, ela estava super empolgada com a idéia de ir pra escolinha, voltou bem contente, animada, etc… Mas ja no terceiro dia, não queria mais ir, chorava, não entendia porque não podia ficar em casa, teve que ficar nos braços da professora porque não me deixava ir embora. Na quinta (4° dia) foi o pior dia pra mim, ela começou a chorar e implorar para não ir desde o momento que acordou, foi de casa até a garderie chorando e reclamando, lá nem deixou eu troca-la direito, pois ela sabia que esses eram os passos antes de eu ir embora, tirar sapato, etc… A professora teve que segura-la com força pra eu poder sair, a Rebecca estava roxa de tanto gritar e chorar pra eu não deixa-la la. Entrei no carro e desabei, não consegui sair de la, fiquei chorando mesmo uns 15 minutos, liguei pra Susana, e só depois disso que pude ir trabalhar, digo, ir pro trabalho, porque trabalhar direito mesmo, eu não pude naquele dia. Quando peguei ela, ela chorou muito ao me ver, disse que eu demorei, etc… Fui com ela no shopping, e comprei um pequeno Lego pra ela, pra idade dela, chegou em casa, brincamos bastante, ela adorou. Conversamos bastante com ela, todos os dias, para ter certeza que a escolinha é tão boa quanto aparenta, e ela diz que são todos pacientes com ela, que a professora é boazinha, os amiguinhos, todo mundo é bonzinho com ela, perguntamos se ela come a comida, etc… Acredito que essa é a fase da adaptação, ela acabou de passar seis meses com o pai e a mãe grudados 24 horas por dia com ela, e de repente, ela passa a maior parte do dia dela com estranhos, que não falam a língua dela, e que ela não entende o que eles estão dizendo. Deve estar sendo horrível pra ela. Na sexta-feira (5° dia), ela até sonhou com a escolinha, porque antes dela acordar, já escutei ela resmungando falando que nao quer ir na escola, sonhando… Com isso ja comecei a ficar mal denovo, acordamos e no carro, eu prometi a ela que se ela ficasse boazinha eu compraria um Lego bem grande pra ela. Na escola, na hora de troca-la ela tava chorando, nao queria ficar, mas eu reforcei a promessa e ela engolia o choro, pensando no brinquedo. Entrou sozinha na sala, chorando, entrou e sentou num canto, nem foi nos brinquedos… Fui embora, sabendo que teria que cumprir a promessa, e assim foi feito, a Susana chegou em casa e quebrou o pau comigo, que eu nao deveria ter feito isso, que alem de gastar dinheiro, estava acostumando ela mal… Eu sei, sou de acordo também, mas o que eu poderia fazer, eu tinha passado dois dias horriveis também. E a Su por tabela também. O final de semana passamos todos bem proximos e aproveitamos bastante. Conversamos mais com ela, sobre a escolinha, explicamos que todas as crianças tem que ir na escolinha, até pedimos para o Ricardinho (amiguinho dela, filho de um casal amigo e vizinhos nosso, entre nos adultos até brincamos que é o namoradinho dela de tanto que os dois se gostam) que é um ano mais velho que ela para explicar pra ela que ele também ter que ir na escolinha e que ele gosta… Bom, a segunda e a terça foi meio complicado, nem tanto quanto na semana passada, mas ela ficou mais conformada eu diria. Ela chora agora só quando vou busca-la, ela diz que eu demorei muito, ve se pode !!!! Pior que pro nosso azar, esse final de semana mudou o horário aqui, entramos no horário de inverno, e com isso começa a escurecer as 16:30 e as 17:00 já esta bem escuro, e a Rebecca não vai entender isso tao assim cedo, na cabeça dela, eu tenho ido buscar ela a noite !!! Ela chora de perder a fala e quando recupera só diz: Porque demorou tanto ? Já esta de noite !!!!  Porque ??  E pior que o mais cedo que eu consigo sair do trabalho é umas 15:30, mas para isso, teria que entrar as 07:30 da manha, mas esse é o horário que temos saido de casa, então só chego na garderie entre 16:00, 16:30, quando já esta começando a escurecer, vai explicar pra uma criança que 4 da tarde não é noite, sendo que ela olha pro céu e vê noite !!!  ai ai ai…

Ontem aconteceu algo muuuuuuuuuuuito legal, eu fiquei chocado. Temos uma vizinha que é meio tan tan (lélé da cuca mesmo), mas boazinha, mala, mas tem bom coração. Bom, ela apareceu em casa, e eu abri a porta, ela tava com uma boneca na mão, e disse que tinha um cadeau (presente) para a Rebecca, e eu chamei a Rebecca, e ela começou a falar com a Rebecca, eu não sei porque, afinal de contas, ela sabia que a Rebecca não fala nada de francês, mas eu deixei ela falar, é meio doida, mas se isso faz bem pra ela, que mal tem… (tudo isso na porta de casa) Mas não é que teve uma hora que ela disse para a Rebecca lavar a mão para não sujar a boneca (tudo em francês, eu nem sei como dizer isso, eu entendi mas não sei reproduzir), e na mesma hora que ela disse isso, a Rebecca saiu correndo, foi no banheiro, lavou a mão e voltou !!!  Eu fiquei chocado !!! Eu perguntei pra Rebecca se ela tinha entendido o que a senhora falou, afinal de contas, é uma pessoa diferente, tem um sotaque diferente e forte, mesmo que a professora use essa frase na escolinha (lavar as mãos), a professora fala devagar, com calma, e faz parte da rotina da Rebecca, que ela nem se acostumou ainda, mas ela sabe as horas que tem que lavas as mãos na escolinha, mas em casa, a Rebecca nao estava esperando essa frase, e a ela também não é de obedecer assim tão instantaneamente, ainda mais se ela queria pegar a boneca, mas ela obedeceu e disse que entendeu sim o que ela falou !!! WOW !!!

Esses dias ela chegou pra mim e disse: E cachorro, como é que é ?? É chien !  Depois de me recuperar do susto, disse: muito bem, é chien sim, parabéns !!!

Nos brincamos assim com ela: Como é “tal coisa” em francês ? E ela responde: Como que é ?, é XXXXX !!  Quando ela não sabe, ela fica quieta. Mas o vocabulário dela era limitado a  água, copo, copo d’água, xixi, cocô e vermelho. Esses dias já percebi que posso acrescentar a essa lista Cavalo e Cachorro. E já vi que tem coisas que ela não consegue responder, mas que ela entende o que é. Muito loco essa evolução toda… E isso que só fazem 8 dias com hoje que ela vai para a escola… Tô meio besta ainda…

Bom, é isso, vou finalizar por aqui esse post, estou muito contente em ver que era (é) uma fase de adaptação dela, a cada dia que passa ela esta melhor, mais adaptada, converso com a professora dela quase todo dia, e ela sempre (depois daqueles dias iniciais terríveis) me dá bom feedback, dizendo que ela já interage mais, já conversa pequenas coisas em francês, ou em português mesmo com os amiguinhos, esta cada dia mais participativa., muito bom… Logo logo ela estará dando aulas para a gente.

Abraços a todos, até a próxima

* Quebec é composta por diversas cidades que se fundiram em 2006. A Rebecca estuda em Sainte-Emille, mas aqui é tudo bem perto (para quem veio de SP), e fica apenas a 10 minutos do meu trabalho que é em Quebec no bairro de Charlesbourg. Ao todo, entre sair de casa, deixar a Susana no Cégep, ir até Ste-Emille deixar a Rebecca, entrar na escolinha pra ajudar ela a tirar a bota e as roupas mais pesadas de frio e colocar o calçado e “interior” (tenis) pendurar mochila e entrar na sala dela, depois ir pro trabalho, tudo isso da cerca de 1 hora exata.  O google maps calculou 36 minutos num percurso de 25,2 kms, mas sem as paradas. Até que não é nada assim tão absurdo, pensando que eu levava quase isso em SP, detalhe: de moto, num percurso de 12,5 kms (menos da metade!!). Eu estou achando tudo isso bem tranquilo por enquanto, quando a neve chegar aqui de verdade eu conto se ainda tah tranquilo.

 

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Permis de Conduire – SAAQ – Parte II

Posted by Jeison em 15 de junho de 2010

Hoje foi o meu exame prático, ou exame de rua da SAAQ para poder obter a permis de conduire québécoise.

Como alguns sabem, aqui é bem complicado conseguir uma vaga pra fazer o exame prático, tem muita gente pra fazer !!! Eu não consegui utilizar o serviço online para marcar o teste, vinha sempre uma mensagem solicitando fazer por telefone, então assim foi. A atendente pergunta alguns dados, confere algumas coisas e te passa a data mais próxima para o exame.

Eu tentei marcar aqui em Montréal ou arredores, mas só tinha vaga pro final de julho, quando a minha permissão pra dirigir estaria terminando, pois só é válida por 90 dias. Tentei marcar também em Québec ou arredores, mas o problema de superlotação foi o mesmo. Expliquei para ela que eu precisava fazer antes, pois minha permissão iria expirar e eu tinha que fazer a minha mudança (sim, aqui você mesmo faz a sua mudança, aluga o caminhão, coloca as coisas dentro, dirige o caminhão e depois descarrega tudo), e eu disse também que poderia fazer em alguma cidade do interior se fosse o caso. E foi exatamente isso que ela sugeriu, em Drumondville tinha vagas para o dia 15 de junho. Essa cidade fica a 1/3 do caminho de Montréal a Québec.

Alguns amigos, sugeriram ficar ligando diariamente pois sempre há desistências e eu poderia fazer aqui perto, mas como eu estaria em Québec para buscar os amigos Roberto e Maristela no aeroporto, eu decidi fazer em Drumondville mesmo.

O exame estava marcado para as 13:00, então as 11:00 saimos de Québec, e chegamos lá por volta das 12:30, paramos no McDonald’s pra comer, mas não tive tempo de terminar, deixei a Susana e a Rebecca lá para brincarem nos brinquedos e fui só fazer o exame.

Entrei, peguei a senha e logo fui chamado, a atendente solicitou meu passaporte e a carteirinha que eu recebi pra fazer o exame, perguntou com que carro eu faria o exame, e depois que eu disse que seria com o meu carro, me pediu a matrícula do carro e a do seguro, depois paguei com cartão de débito a taxa de $25 para a realização do exame, ela me devolveu o passaporte e reteve os outros, pediu para eu pegar um domo e colocar em cima do carro e depois aguardar ser chamado pelo nome. Esse domo é uma placa, como se fosse de taxista, mas escrito Exame de Condução. Acho de depois de uns 10 minutos, aparece uma mulher me chamando pelo nome, pergunta se eu já tinha colocado o domo sobre o carro e nos dirigimos para o estacionamento, ela solicita algo que eu tinha entendido apenas “entrar no carro” e “eu farei uma vistoria“, bom, eu completei a frase com: destranque o carro para eu entrar no carro e eu farei uma vistoria. Eu destranquei  o carro e abri a porta e fiquei esperando ela vistoriar, ai ela que ficou parada feito uma estátua na frente do carro gesticulou algo como “estou esperando você fazer o que eu lhe pedi” e eu tive que ir até ela, pedir desculpas que eu não havia compreendido bem, na verdade era: Entre no carro, ligue o carro que ela faria uma vistoria. Ok, entrei, liguei o carro e fiquei olhando pra ela, que gesticulou para eu abrir o vidro.

Vidro aberto, ela diz, clignotante à gauche, seta à esquerda, depois a direita, depois pequena buzinada, ai ela vai para a traseira do carro, e denovo, esquerda, direita, freio. Ok, ela entra no banco do passageiro, arrasta o banco lá pra tras, e pede:
– O senhor pode deixar este saquinho no banco traseiro pelo menos por hoje ?
– Claro, desculpe…
Tenho o costume de deixar um saquinho preso a alavanca de cambio como lixinho…  Pensei, mas que fresca ela viu !!!
Ela prende um espelho pra ela no para-sol dela e começa a falar um monte de coisas, que a pontuação mínima é de 75 pontos, que ela irá anotar coisas durante o trajeto mas que não necessariamente significam coisas ruins, que o percurso duraria uns 12 quarteirões, que ela iria observar muito os vícios ao volante para eu ficar muito atento a isto, perguntou se eu sabia o que ela ponto cego ou ponto morto (eu não tinha entendido a pergunta e ela teve que repetir) eu confirmei, ai ela virou bem a cabeça pra traz e disse, é assim que eu quero ver você fazendo, vou prestar atenção nisto. Diz que este horário tem muitos pedestres, ciclistas e etc que tem prioridade, e que seria avaliada minha atenção a isto. Ela diz que vai falar muito pouco durante o teste para não tirar minha concentração, que só interviria caso eu colocasse a segurança em risco fosse atropelar alguém (ao menos foi o que eu entendi) e  poderiamos começar o teste.

Ela coloca o cinto e diz, pode sair da vaga e ir para a esquerda.
O carro já estava ligado desde a seta pra esquerda direita, etc, então só engatei a ré, mão atras do encosto de cabeça dela, olha com a cabeça (retrovisor é peça obsoleta) pra tras  e casal de velhos atravessando bem devagar bem atars do meu carro, outro casal conversando encostado no carro ao lado bem onde vou passar. Carambolas seus pietons/pedestres *^!@%%$!*@ não estão vendo que estou fazendo um teste de volante e que minha vida depende disto ???
Casal de idosos passaram, outro casal nem se mexeu, começo a dar ré e o carro morre, olho pro painel, ar condicionado ligado..  grrrrrrrr, digo, Ops, acho melhor desligar isto…  hehehe… (risada amarela, bem amarela mesmo) continuo dando ré e saio da vaga, e ela me diz, vire a esquerda, seta, para olha se não tem mais nenhum casal amável que quer atravessar na frente de um motorista estressado por estar passando por um teste de volante, e pronto, vamos em direção a saída do estacionamento da SAAQ.
Vire a direita na esquina: Seta, olha pra lá, pra cá, não tem nenhum arrêt/placa de pare, e viro a direita, não tem placa de limite de velocidade, rua estreita, então deve ser 30 km/h.
Vire a direita na próxima esquina: Seta pra direita, agora tem um arrêt, tem que parar mesmo, olhar pros lados, engatar, olhar o angulo morto, e depois vai.
No farol, vire a esquerda: Ok, estou na faixa da direita, tenho poucos metros até o farol, tenho que trocar de faixa, vamos lá: retrovisor central, espelho esquerdo, angulo morto esquerdo, ai, o farol está chegando, seta, retrovisor central, espelho esquerdo, angulo morto esquerdo tudo denovo, muda de faixa, ufa, deu tempo… desliga seta, liga seta, chegamos no farol, espera ficar verde.
O senhor parou muito perto do carro da frente, eu te aconselho a parar a uma distância que consiga ver o pneu do carro da frente. Mas daqui eu consigo ver o pneu do carro da frente…  Mas se precisar não consegue sair desta faixa sem dar ré, deixe mais espaço, mas é só um conselho… É verdade, obrigado…
Farol ficou verde, virei a esquerda, placa de 50 km/h, acelero mais um pouco para não tomar xingo de estar andando devagar demais e atrapalhar o transito, dica do Alexei, valeu !! Passa uma esquina, duas, tres, e nada dela abrir a boca, o que significa, continue em frente… Na quarta esquina, vimos um giroflex de policia, e ela diz: O que será que aconteceu, ao chegarmos, eu disse, um acidente, bem forte… Um civic novinho tinha acabado com a frente dele na traseira do que parecia ser um subaru, que perdeu seu porta malas… Seguimos por mais duas esquina, depois vire a esquerda, direita, e assim vai, ela me fez passar por 2 vezes sobre uma pista de ciclistas, não me mandou entrar em nenhuma rua contramão, o que as vezes eles fazem pra testar se você tem visto as placas, sempre que eu tinha dúvida eu confirmava, é aqui que é pra entrar ?? Sim, é aqui, ou não, é na próxima…
Fim do percurso, ela diz, pare ao lado daquele carro vermelho, de ré.
Manobra efetuada, desliguei o carro e ela pergunta algo que eu não entendi, mas supus que deveria ser algo como, e ai, como você acha que foi o seu teste? Óbvio que só respondi que não sabia… Ai ela diz que eu tenho poucas palavras. Pensamento: Mas que diachos ela tinha perguntado então ??

Bom, ela começa a me dizer: Tanto quando saiu da vaga quando quando retornamos, você esqueceu da seta… quando entrou na vaga, não centralizou bem o carro… Depois que disse para não parar tão próximo do carro da frente você ainda o fez por duas vezes (Pensamento: Mas que coisa, não era só um conselho ??  grrrrr)… Você olhou bem o ponto morto (Pensamento: Uebaaa), mas não foi constante, esqueceu de olhar algumas vezes, e outras olhou antes do retrovisor e outras deu a seta muito tarde (Pensamento: grrrrr…)…

O senhor fez 78 pontos e leve o domo para dentro, e aguarde para tirar a foto.

Donc je réussi/Então eu obtive sucesso ???  “Alguma coisa indecifrável” 78 pontos, tenha um bom dia… Ela sai do carro…

Eu tiro o domo e levo pra onde eu o peguei, e fiquei esperando e pensando… É aqui que eu espero ?? Eu passei?? Acho que sim, se eu fiz 78 pontos, eu passei… Eu preciso de água,  cade o bebedouro ?? Estou no lugar certo ??

Achei o bebedouro e esperei mais uns 10 minutos, e o cara me chama.

– Qual o seu endereço ?
– Qual endereço você prefere, eu vou me mudar, quer o endereço atual ou o novo ?
– Quando o senhor vai se mudar ?
– Em 15 dias, no fim deste mês.
– Então quero o atual, sua carta chegará em até 6 dias. (Pensamento, Yes, eu passei!!!! Ou então Yaba Daba Doo !!!)
– Acho que é o mesmo que o senhor tem ai, 5295 avenue Louis-Jos### (sou interrompido)
– Perfeito, são 72 alguma coisa dolares, como o senhor vai pagar ??
– Cartão de crédito ou de débito.
– Débito, pode passar o cartão.
– Aqui estão seus documentos, em 6 dias chegará a sua carta de habilitação, tenha um bom dia.
– Obrigado (pegando um monte de papeis, liberando o balcão, tentando guardar os papeis e eles tentando cair no chão, tudo ao mesmo tempo…)

Esse foi meu teste, acho que se eu tivesse feito mais uma infraçãosinha, não teria passado, fiz 78 precisando de 75…

Com isso me livro de mais um enorme peso nas costas, e já posso dormir tranquilo. Agora, posso fazer a minha mudança tranquilamente…

Isso é assunto pra outro post… E por falar em post, este aqui é o de numero 101 !!! Obrigado a todos que nos acompanham

Até breve…

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Achat d’une voiture au Québec

Posted by Jeison em 21 de maio de 2010

Andei pesquisando sobre a compra de um carro na província do Québec, e descobri o seguinte:

Quem comprar o carro em uma agência, concessionária, etc, deve pagar além do preço do carro anunciado, dois impostos:

* TPS (Taxe de vente sur les Produits et Services) que se paga no próprio comerciante, que não sei quantos % é,

* TVQ (Taxe de Vente du Québec), que se paga na própria SAAQ com cartão de débito, e é de 7.5% sobre o valor da venda.

A vantagem, é que a agencia cuida de tudo pra você, você só pega o carro pronto e está tudo perfeito…

Quem compra o carro de um particular, que é o nosso caso, paga-se só a TVQ.

O processo para registrar o carro em seu nome, é bem rápido e tranquilo.

Vá com a pessoa que está lhe vendendo o carro a uma agencia do SAAQ (espécie de Detran daqui). Lá, será solicitado o documento atual do veículo, a habilitação do vendedor, ela vai perguntar a forma de pagamento do veículo, no caso a vista, e vai devolver ao vendedor a quantia proporcional a matricula que a pessoa não utilizou, por exemplo, o carro estava licenciado até outubro, mas você vendeu antes, então não precisava ter pagado tanto, eles te devolvem o que sobrou. Qualquer semelhança com o Brasil, é porque você deve estar louco mesmo, pois não tem nada de parecido… Depois disto, ela calcula o imposto + a taxa de matricula até o período seguinte, te dá o valor total, e você passa seu cartão de débito. Feito isso, ela te dá uma tirinha de papel com os dados do veículo (só marca, chassi e cicindrada,  e seu nome, nada parecido com a do Brasil, e te dá uma placa nova, isso, uma, pois aqui só se usa placa atrás, na frente normalmente só tem um adesivo com o nome da concessionária. E voilá !!! O carro está no seu nome…

ã, como assim ?? Não, eu não esqueci de nada não, você mesmo pega a sua nova placa e coloca no seu carro, se o vendedor quiser, pode ficar com a placa velha de recordação, hein ?? Lacre ?? Que ? Vistoria ? O que é isto ??? Que pensamento mais Brazuca !!! Pra que isso ? Só da trabalho… você mesmo coloca sua placa e tá bom assim !!! Simples assim…

Ainda não estou bem certo se a placa é da pessoa, ou se a placa é a combinação da pessoa + carro, e quando comprar um novo carro a pessoa ganha uma nova placa ou se troca a placa de carro.

Mas agora começa outra novela, Seguro…

Como recém imigrante, sem a carta do Québec ainda, sem histórico, tenho que achar uma seguradora que aceite meu histórico do Brasil.

Isso fica para um próximo post…

À bientôt

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